Durante cinqüenta anos a natureza esperou que a boa vontade e mão do homem fizessem a sua parte. De um estreito vale entre serras surgiu o Gargalheiras, o mais belo reservatório d'água do interior do Rio Grande do Norte e um dos principais pontos turísticos para quem percorre os roteiros do Seridó.
O antigo estreito, agora transformado em Gargalheiras, volta a esperar pela boa vontade e pela mão do homem, para oferecer uma boa estrutura de lazer, aventura e diversão para quem visita aquela região. O potencial latente está aflorando e um dia vai explodir.
A grande represa está localizada a três quilômetros de Acari, uma das cidades mais representativas da colonização portuguesa no Brasil, com uma arquitetura rica que retrata a explosão da agropecuária e a influência da Igreja Católica. E as suas águas se estendem por mais de sete quilômetros, chegando bem próximo a Currais Novos, uma das cidades pólos do Seridó.
Todo mundo só o conhece pelo nome de Gargalheiras, mas oficialmente ele é chamado de Açude Marechal Dutra, represando o rio Acauã, que faz parte da bacia do rio Piranhas/Assu. A estrutura deixada pelo DNOCS, no entorno da parede do açude, está sendo aproveitada como equipamento turístico. Mas tudo de forma artesanal, ainda sem a preocupação de se oferecer um bom atendimento ao turista.
A barragem, construída em concreto entre as serras do Abreu, da Carnaubinha, Olho d'água e Gargalheiras, tem uma altura que chega aos 25 metros e 250 metros de coroamento, A bacia hidráulica ocupa uma área de 780 hectares e a capacidade máxima de armazenamento chega aos 40 milhões de metros cúbicos. A água é utilizada para abastecer as cidades de Acari e Currais Novos.
Não há nada mais encantador do que vê o Gargalheiras sangrando. A primeira vez foi em 20 de março de 1960. A última em Janeiro de 2004. Atualmente falta pouco para o grande acontecimento.
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