Uma descoberta publicada nesta semana pela revista Science desafia as atuais teorias da astrofísica. Com dados do telescópio Veritas, nos EUA, uma equipe internacional de pesquisadores detectou pulsos de raios gama com energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt na Nebulosa do Caranguejo. Essa energia é um milhão de vezes maior do que um raio-X usado na medicina.
“É a primeira vez que raios gama de energia muito alta foram detectados num pulsar – uma estrela de nêutrons que gira rapidamente, que tem o tamanho de uma cidade e massa maior que a do Sol”, disse Frank Krennrich, da Universidade do Estado de Iowa, nos EUA, um dos autores do estudo.
Segundo ele, o conhecimento que a ciência tem hoje sobre os pulsares não explica uma emissão tão alta de energia. Nenhuma emulsão com mais de 25 bilhões de elétrons-volt tinha sido encontrada até hoje nessa nebulosa.
"Os resultados colocam novos obstáculos sobre o mecanismo de como a emulsão de raios gama é gerada", completou Nepomuk Otte, outro autor da pesquisa.
Ilustração de como seria pulsar feita sobre uma foto da Nebulosa do Caranguejo, tirada pelo telescópio Hubble (Foto: David A. Aguilar (CfA) / Nasa / ESA)
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