quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

‘Ele era o feio que todo mundo queria ao seu lado’, diz fã de Wando

Do G1 SP

Fotógrafa Adriana Spaca deu uma calcinha branca para coleção do cantor (Foto: Arquivo pessoal)Fotógrafa Adriana Spaca deu uma calcinha branca para coleção do cantor (Foto: Arquivo pessoal)
As fãs paulistas do cantor Wando ainda lamentam a morte do ídolo romântico, ocorrida na manhã desta quarta-feira (7). O cantor, de 66 anos, teve uma parada cardiorrespiratória, no Biocor Instituto, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde estava internado desde o dia 27 de janeiro.
“Eu fiquei bastante triste com a notícia. Foi alguém que eu conheci, dei risada junto. Ele falava tudo o que as mulheres queriam ouvir. Era um feio que todo mundo queria ter ao seu lado”, afirma a fotógrafa Adriana Spaca, de 38 anos. “Nos shows, a mulherada pirava. Elas gritavam: ‘lindo’. Ele era gente fina, legal, mas estava longe de ser lindo.” Para manter a tradição, a fã não perdeu a oportunidade de dar uma calcinha de presente para o cantor, que colecionava as peças íntimas. “Escolhi uma já usada, banca e meio fio dental. Ele cheirou, beijou e guardou no bolso”, lembra.
A assistente financeira Renata Garcia, de 34 anos, diz que era encantada pelo olhar do cantor. “Ele era safado e mulher gosta de homem safado. Ele tinha um olhar muito sedutor. Quando ele cantava, você pensava que estava cantando para você.” Renata, que colocava uma calcinha autografada por Wando no monitor de seu computador do trabalho, um dia invadiu o palco durante uma apresentação em São Paulo para lhe pedir um beijo. “Eu pedi: ‘Me dá um beijo na boca’ e ele deu”, afirma. Ela conta que seu marido, no entanto, não gostou nada da ideia. “Ele ficou bravo comigo como se eu tivesse o traído. Eu falei para ele: ‘Mas foi o Wando!’”, conta. A assistente financeira lamenta apenas não ter tido tempo de realizar um sonho: “Eu queria dividir um quindim com ele”.
A lista das melhores canções do cantor é longa, segundo as fãs. A preferida de Adriana é “Amor filho da puta”, que conta a história de um homem que foi abandonado pela mulher. Já Renata prefere “Acho que estou perdendo você”. “Homem não costuma ter ‘dor de cotovelo’, mas, nos anos 80, ele já cantava, antes dos sertanejos que ficaram conhecidos por isso”, diz. Embora usasse expressões um pouco menos refinadas em algumas composições, Renata garante que as músicas são apenas "safadas". “Por mais que ele usasse palavras um pouco mais baixas, as letras não eram agressivas como a gente vê nas músicas de hoje.”
A blogueira Helena Martins, 22 anos, criou uma página na internet para que as fãs do cantor enviassem fotos de calcinhas. Com a notícia da hospitalização do cantor, a iniciativa ganhou força e passou a incluir mensagens para estimular a recuperação. “Entre o dia 31 [de janeiro] e 3 [de fevereiro], a página recebeu quase 6 mil visitas. Até agora já são mais de 10 mil”, conta. Os modelos enviados são os mais variados. “A maioria é de fio dental, mas tem umas grandes também”, diz. A ideia de Helena era conhecer o cantor e dar a ele a primeira foto da coleção de calcinhas (dela, é claro) e uma camiseta do site. “Não deu tempo [de conhecê-lo]. Nem sei mais o que eu vou fazer. Foi um baque.”

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