Neste sábado (16), às 14h, nasceu mais uma criança prematura na Maternidade Escola Januário Cicco precisando de UTI neonatal e não havia. Os médicos estão improvisando respiradores em locais inadequados.
O registro fotográfico é da médica Uelma Medeiros, que faz parte de um movimento pela instalação de mais leitos de UTI infantil na capital.
Além do quadro caótico no atendimento neonatal (bebes com até 28 dias de vida), em todo o interior do RN não existe leitos de UTI pediatrica, para socorrer crianças em estado grave com mais de 28 dias de vida.
O problema vem se agravando ao longo dos anos no País, mais pela falta de investimento do Governo Federal em áreas específicas como pediatria e neonataologia, do que mesmo pela falta de atenção dos municípios e Estados.
O principal problema é com os baixos valores pagos pelo SUS pelos serviços de pediatria e obstetrícia no País, levando pediatras e obstetras a procurar outras especialidades, assim como a iniciativa privada não investir em pediatrica e maternidades.
Com isto, restou aos estados e municípios investir nestas áreas com recursos próprios.
Em Natal, o quadro se agravou mais porque no interior do RN não existe hospital com leitos de UTI pediatricas disponíveis. Na área neontal, Mossoró dispõe de 14 leitos (CSDR e Hospital da Mulher), mas que não é suficiente para atender a toda demanda das regiões Oeste, Vale do Açu e Seridó.
Esta semana, o Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, conseguiu na Justiça autorização para o Governo do Estado contratar médicos especialistas e assim garantir 200 cirurgias pediatricas pediatricas nos próximos 12 meses no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, que atende todo o Estado.
Resta aos médicos enviar crianças em estado muito grave e mulheres em trabalho de parto para maternidades de Natal.
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